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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

GENTILEZA FAZ BEM

 Quem não gosta de ser bem tratado? Quem não gosta deter um ombro amigo nos momentos difíceis? Quem não se sente bem diante de um sorriso verdadeiro?

Atitudes de carinho, respeito e atenção fazem toda a diferença. E as pessoas que agem com gentileza, com respeito e consideração são sempre muito admiradas por quem recebe um comportamento tão agradável, produto de uma pessoal gentil.

Mas o que é gentileza? Gentileza é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo. Dessa forma, ser gentil é um atributo muito mais sofisticado e profundo do que ser educado ou meramente cumprir regras de etiqueta. Porque embora possamos ser educados, a gentileza trata de uma característica diretamente relacionada com valores e ética; sobretudo, tem a ver com o desejo de contribuir com um mundo mais humano e eficiente para todos. Mas para se tornar uma pessoa mais gentil, é preciso que cada um reflita sobre o modo como tem se relacionado consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo.

Observamos que muitas pessoas não conseguem ser gentis porque a rotina as cega. Pressionadas por idéias equivocadas, que estimulam ao ter sempre mais, querer sempre mais e, adicionando a pressa da vida moderna no cumprimento de prazos, metas e objetivos, voltam-se para dentro de si mesmas, tornando-se mais insensíveis. E nesta insensibilidade, agem e se relacionam com as pessoas, mesmo com aquelas que amam, de forma menos gentil, mais apressadas e mais automatizadas, sem darem conta de quantas possibilidades diárias passaram sem que, apenas um único sorriso, pudesse ter sido oferecido ou uma mão estendida para alguém que precisava.  

Ser gentil nada tem a ver com anulação e fazer o que todos querem que a gente faça. Muito pelo contrário, é saber respeitar o nosso limite e espaço, assim como o dos outros, incorporando atitudes de compreensão, respeito e carinho que gerem melhores condições de relacionamento, humanização e, por que não, sustentabilidade.

Ser gentil é extremamente benéfico quando se entende que a gentileza abre portas, muda o rumo dos conflitos, facilita negociações, transforma humores, melhora as relações. Enfim, propicia inúmeras vantagens tanto na vida de quem é gentil quanto na de quem se permite receber gentilezas.

No ambiente de trabalho, por exemplo, é fato que as empresas têm preferido, cada vez mais, profissionais dispostos a solucionar problemas e favorecer as conciliações. Afinal de contas, competência técnica é oferecida em universidades de todo o país, mas habilidades humanas, como a gentileza, são características escassas e muito bem quistas no mundo corporativo.  

E uma grande constatação é que a gentileza favorece primeiramente aquele que a pratica, por exemplo: os que ajudam os outros regularmente têm mais saúde mental e menos depressão, dizem as pesquisas. Pessoas solidárias têm menos probabilidade de sofrer de doenças crônicas, e seu sistema imunológico tende a ser melhor, porque existe uma relação direta entre bem-estar, felicidade e saúde nas pessoas. A gentileza talvez ajude a regular as emoções, o que causa impacto positivo sobre a saúde.

Tem uma frase maravilhosa do Leonardo Boff que resume bem este texto:
“Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações”.