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segunda-feira, 4 de março de 2013

TECNICAS DE RESPIRAÇÃO PARA REDUZIR A ANSIEDADE





Pare e respire fundo. Suspire de alívio. Nessa breve pausa, deixando o ar entrar e sair completamente de seu corpo, você compensou, mesmo que apenas por alguns segundos, um hábito que a maioria das pessoas tem sem se dar conta: respirar mal.
A respiração é feita em dois compartimentos do corpo: a caixa torácica e a cavidade abdominal. Ao utilizar apenas a parte peitoral, há menos ventilação do pulmão, com gasto energético maior.
Pessoas com problemas respiratórios usam essa respiração mais superficial como um mecanismo de compensação à rigidez das musculaturas peitoral e costal e ao diafragma encurtado, que diminuem a mobilidade das costelas e a capacidade de ventilação do pulmão. Mas mesmo as pessoas saudáveis, nos dias de hoje, adotam um padrão respiratório deficiente.
Entre as causas disso, aponta o fato de as pessoas ficarem por muito tempo sentadas em posições que comprimem o abdômen e o uso de roupas apertadas, que limitam o movimentação do diafragma.
A respiração correta permite uma maior troca gasosa (entrada de oxigênio e saída de gás carbônico) entre os alvéolos pulmonares e as veias e artérias. Com mais oxigênio, as células trabalham melhor, garantindo a boa atividade de todas as funções orgânicas.
Além dessa qualidade básica, a boa respiração traz outras vantagens, como desacelerar os batimentos cardíacos, baixar a pressão arterial e diminuir a ansiedade e as respostas orgânicas ao estresse.


TÉCNICA DE YOGA PARA RESPIRAR CORRETAMENTE

RESPIRAÇÃO NASAL E BUCAL

Uma das primeiras lições da respiração é destinada a ensinar como se respira pelo nariz e como se corrige a pratica comum de respirar pela boca.
Infelizmente em nossa sociedade, em todos os níveis sociais, pessoas respiram habitualmente pela boca.
Não deveria ser necessário dizer que o método normal de respiração é o de tomar o ar através das fossas nasais.
Cuidadosas experiências científicas mostram que pessoas que têm o hábito de respirar pela boca, têm debilitado com maiores chances de contrair doenças contagiosas, infecções, problemas nos órgãos respiratórios.
Outra conseqüência da respiração bucal é que as passagens nasais, devido a sua relativa inação, não se conservam limpas, ficando, portanto, expostas as enfermidades locais.
O aparelho protetor ou filho dos órgãos respiratórios consiste unicamente nas fossas nasais. Quando se faz respiração pela boca, nada existe no organismo que filtre o ar detendo o pó ou qualquer outra substancia em suspensão.
Além do mais, essa respiração defeituosa deixa o ar frio para os órgãos, ocasionando muitas vezes a inflamação dos órgãos respiratórios.
Lembre-se: a boca não oferece proteção aos órgãos respiratórios e que o ar frio, o pó, as impurezas e os germes penetram sem obstáculos por aquela porta sempre aberta.

OS QUATRO MÉTODOS DE RESPIRAÇÃO

1)  RESPIRAÇÃO ALTA: Enche somente a parte superior dos pulmões.
Esta forma de respiração é chamada no ocidente de respiração clavicular. Aquele que respira por essa maneira levanta as costelas, as clavículas e os ombros, contraindo ao mesmo tempo o abdômen, o qual impede toda a massa intestinal contra o diafragma, que, por sua vez, também se levanta. Esse modo de respirar somente emprega a parte superior do peito e dos pulmões, que é a menor e, por conseqüência, apenas uma parte mínima de ar neles penetra.
Alem disso quando o diafragma se levanta, não pode ter expansão naquela direção.
Este processo exige o máximo de esforço para obter o mínimo de benefício. A respiração alta é, sem dúvida, a pior forma de respirar que se conhece e exige maior dispêndio de energia com menor soma de proveito. Infelizmente esse método de respiração é o mais utilizado no Ocidente.

2)  RESPIRAÇÃO MÉDIA: enche apenas a parte média e uma porção da parte superior.
Este método de respirar é conhecido como respiração intercostal, Embora menos defeituosa que a respiração alta, é muito inferior à baixa e à yogui completa.
Na respiração média, o diafragma sobe, o abdômen contrai-se, as costelas levantam-se ligeiramente e o peito dilata-se parcialmente. Esta respiração também é muito comum, porém, insuficiente.

3)  RESPIRAÇÃO BAIXA: enche a parte inferior e média dos pulmões:
Este sistema é muito melhor que os precedentes e, há alguns anos ela vem sido difundida no ocidente com varias denominações: respiração abdominal, respiração profunda, diafragmática, etc.
Ainda que muitas autoridades ocidentais falem e escrevam como sendo o melhor e mais perfeito método de respiração, os yoguis sabem que não é senão uma parte do sistema que eles empregam já há séculos e que conhecem com respiração completa.

4)  RESPIRAÇÃO COMPLETA YOGUI (Prana – Kriyâ):
O homem respira utilizando somente uma terça parte de sua capacidade pulmonar. Como respirar é sinônimo de viver, concluiremos imediatamente que, respirando deficientemente, reduzimos nossa vitalidade a um terço do que seria normal e desejável.
Os hábitos antinaturais, inclusive o vestuário incômodo, os alimentos inadequados, o tumulto mental e emocional em que vivemos mergulhados, impede-nos de respirar normalmente e absorver a quantidade mínima de oxigênio e Prana indispensável à manutenção da vitalidade física.
Podemos dividir o pulmão em três secções distintas: a parte baixa, situada imediatamente acima do diafragma, a parte média e a alta.
Se considerarmos que o pulmão tem forma semelhante a uma pêra, podemos verificar que a parte baixa é a de maior volume. Pois bem, o homem só respira utilizando a parte média.
Além de absorvemos, com essa maneira de respirar, muito menor quantidade de oxigênio, também recolhemos pouca quantidade de Prana, tornando-nos, na maioria das vezes, enfermiços, nervosos e deprimidos, sem vitalidade e sem energia e sujeito, portanto a todo tipo de doenças.
É evidente que qualquer método que encha completamente o espaço pulmonar será de grande valor para o homem, porque lhe permitirá absorver oxigênio em maior quantidade e armazenar uma maior soma de Prana.
Essa respiração contém tudo o que há de bom na alta, na média e na baixa, sem os defeitos e prejuízos. Ela movimenta todo aparelho respiratório, cada célula de ar e cada músculo respiratório.
Todo organismo respiratório obedece a este método de respirar; e, com menor gasto de energia, obtém-se a maior soma de energia. A capacidade de o peito alcançar seus limites normais, realizando suas funções naturalmente.
Uma das características deste método consiste no fato dos músculos respiratórios entrarem em completo funcionamento, ao passo que as outras formas de respirar utilizam-se só de uma parte desses músculos.
Estudadas as características especiais dos quatro métodos de respiração, notaremos que a respiração completa compreende todos os aspectos benéficos dos outros três métodos, alem das vantagens que resultam da ação combinada da parte superior e média do peito com a região diafragma e do ritmo normal por forma obtido.

A técnica é a seguinte:

Inspiração (Puraka): Lançar suavemente o abdômen para fora enquanto vai absorvendo lentamente o ar, de maneira a permitir que a parte baixa dos pulmões fique completamente cheia. Sem interromper a inspiração, comprimir o abdômen, de modo a encher a parte média. No final da inspiração, com um pequeno esforço, contrair ao máximo a barriga, enquanto levanta ligeiramente os ombros, enchendo assim a parte alta.
Retenção (Kumbaka): Com o abdômen recolhido ao máximo, conter a respiração.
Expiração (Rechaka): Afrouxando paulatinamente o ventre, começar a baixar os ombros, esvaziando a parte alta. Em seguida ir esvaziando a parte média e terminar com um recolhimento total do abdômen, permitindo assim o esvaziamento completo da parte baixa.
Imaginar que todos os males, toxinas, fatores indesejáveis e preocupações estão sendo expelidos juntamente com o ar expirado.
Com a prática da respiração completa, o diafragma contrai-se durante a inalação e exerce uma leve pressão sobre o fígado, estomago e outro órgãos, a qual, em combinação com o ritmo dos pulmões, atua como uma suave massagem destes órgãos, estimulando seu funcionamento normal.
Cada inalação colabora no exercício interno e assiste à produção de uma circulação normal nos órgãos de eliminação e nutrição.
Na respiração alta e média, os órgãos perdem o beneficio dessa massagem interna, tonificando o organismo.
Todo órgão ou parte do corpo que não se exercita, se atrofia gradativamente e deixa de funcionar devidamente, e a falta do exercício interno, produzido pela ação diafragmática, conduza enfermidade desse órgão ou parte do corpo.
Esta técnica é de total importância para adquiris ou manter a saúde.