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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DEPRESSÃO E TRISTEZA

Atualmente, com a alta velocidade do homem moderno, podemos constatar que grande parte das pessoas está triste ou deprimida.
Mas qual é a diferença entre depressão e tristeza? Qual é a função da depressão? Qual o seu significado nos tempos modernos?
A tristeza é um sentimento comum a qualquer pessoa, assim como a alegria, medo, raiva.  A tristeza pode emergir de eventos cotidianos que são desencadeados por situações de perda, luto e/ou decepções significativas. A tristeza é um sentimento limitado no tempo e na sua intensidade.
Já a depressão é um estado psíquico que é acompanhado da tristeza. Mas o que de fato a determina é um conjunto de sintomas de intensidade variável que podem comprometer a vida das pessoas. Os sintomas mais observados são dificuldade de concentração, cansaço excessivo, perda de interesse, dificuldade de iniciar atividades e tomar decisões, diminuição do prazer nas atividades em geral, irritabilidade, diminuição da auto-estima, idéias negativas sobre si mesmo, crises de choro, angústia, diminuição de velocidade e vitalidade. 
É muito comum as pessoas confundirem a tristeza com a depressão, dizendo que estão deprimidas, quando na verdade estão elaborando algo que desencadeou a tristeza. A função da depressão é mais profunda, os sintomas são mais complexos.
Existem níveis de depressão e inúmeros recursos disponíveis para o tratamento. O que diferencia a maneira de cuidar da mesma é o grau de comprometimento da pessoa que está com depressão. Alguns dos muitos caminhos são a psicoterapia, meditação, prática de exercícios, yoga e todos os movimentos que tragam a reflexão e o autoconhecimento. Para os níveis de depressão mais profundos, onde a pessoa não consegue resolvê-la sozinha, é necessário o acompanhamento de um profissional especializado, psicólogo e médico.
A depressão é um estado emocional que precisa ser tratado, mas é importante que a pessoa deprimida se esforce para continuar as suas atividades cotidianas. Não é necessário, nem recomendável que a pessoa com depressão pare de trabalhar, por exemplo.  A manutenção das suas atividades regulares é essencial para a evolução do tratamento.
Na vida moderna, tanto a depressão como a tristeza, são estados emocionais que evocam a desaceleração do ritmo de vida alienante. Ficamos mais lentos, mais quietos, mais introspectivos, mais sensíveis. Com isto, podemos mergulhar dentro de nós mesmos e perceber o que está acontecendo. E por que isto necessariamente tem que ser ruim?
Como diria o medico fundador da Psicologia Analítica, Carl Gustav Jung, “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.

Flavia Regina Giannella
Psicoterapeuta e Consultora da Spaço Quality
CRP 06/71249

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

GENTILEZA FAZ BEM

 Quem não gosta de ser bem tratado? Quem não gosta deter um ombro amigo nos momentos difíceis? Quem não se sente bem diante de um sorriso verdadeiro?

Atitudes de carinho, respeito e atenção fazem toda a diferença. E as pessoas que agem com gentileza, com respeito e consideração são sempre muito admiradas por quem recebe um comportamento tão agradável, produto de uma pessoal gentil.

Mas o que é gentileza? Gentileza é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo. Dessa forma, ser gentil é um atributo muito mais sofisticado e profundo do que ser educado ou meramente cumprir regras de etiqueta. Porque embora possamos ser educados, a gentileza trata de uma característica diretamente relacionada com valores e ética; sobretudo, tem a ver com o desejo de contribuir com um mundo mais humano e eficiente para todos. Mas para se tornar uma pessoa mais gentil, é preciso que cada um reflita sobre o modo como tem se relacionado consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo.

Observamos que muitas pessoas não conseguem ser gentis porque a rotina as cega. Pressionadas por idéias equivocadas, que estimulam ao ter sempre mais, querer sempre mais e, adicionando a pressa da vida moderna no cumprimento de prazos, metas e objetivos, voltam-se para dentro de si mesmas, tornando-se mais insensíveis. E nesta insensibilidade, agem e se relacionam com as pessoas, mesmo com aquelas que amam, de forma menos gentil, mais apressadas e mais automatizadas, sem darem conta de quantas possibilidades diárias passaram sem que, apenas um único sorriso, pudesse ter sido oferecido ou uma mão estendida para alguém que precisava.  

Ser gentil nada tem a ver com anulação e fazer o que todos querem que a gente faça. Muito pelo contrário, é saber respeitar o nosso limite e espaço, assim como o dos outros, incorporando atitudes de compreensão, respeito e carinho que gerem melhores condições de relacionamento, humanização e, por que não, sustentabilidade.

Ser gentil é extremamente benéfico quando se entende que a gentileza abre portas, muda o rumo dos conflitos, facilita negociações, transforma humores, melhora as relações. Enfim, propicia inúmeras vantagens tanto na vida de quem é gentil quanto na de quem se permite receber gentilezas.

No ambiente de trabalho, por exemplo, é fato que as empresas têm preferido, cada vez mais, profissionais dispostos a solucionar problemas e favorecer as conciliações. Afinal de contas, competência técnica é oferecida em universidades de todo o país, mas habilidades humanas, como a gentileza, são características escassas e muito bem quistas no mundo corporativo.  

E uma grande constatação é que a gentileza favorece primeiramente aquele que a pratica, por exemplo: os que ajudam os outros regularmente têm mais saúde mental e menos depressão, dizem as pesquisas. Pessoas solidárias têm menos probabilidade de sofrer de doenças crônicas, e seu sistema imunológico tende a ser melhor, porque existe uma relação direta entre bem-estar, felicidade e saúde nas pessoas. A gentileza talvez ajude a regular as emoções, o que causa impacto positivo sobre a saúde.

Tem uma frase maravilhosa do Leonardo Boff que resume bem este texto:
“Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações”.